sexta, 26 de abril de 2024

'Está inseguro', diz especialista sobre cão após ataque de pit bull em MS

18 outubro 2011 - 14h10
G1 MS

“Ele ainda está se sentindo vulnerável, inseguro, por isso, tem medo de sair do portão”. A análise é da adestradora e consultora comportamental de cães, Patricia Tsapatsis, sobre a situação do vira-lata Fofinho, de Campo Grande, que evitou que uma menina de três anos fosse atacada por um pit bull, no dia 5 de outubro.

Segundo a família do cãozinho, ele está traumatizado após o ataque. “Antes, quando nós soltávamos o Fofinho, ele já ia para a rua, corria, ia até a esquina e voltava. Mas agora só anda pelo quintal de casa e não passa do portão”, conta a estudante Kelly Sabrina, uma das donas do animal.

De acordo com a adestradora, o medo que Fofinho está demonstrando é uma coisa muito difícil de lidar e a família precisará de paciência para ajudá-lo em sua recuperação. Ela indica que uma técnica que pode ajudar o cão a se recuperar do trauma é a dessensibilização.

“A técnica é simples. Consiste em incentivar o animal, porém, sempre deixando que ele faça no seu tempo, sem forçar nada. No caso do Fofinho, uma pessoa poderia ficar do lado de fora do portão chamando e, a cada passo, cada evolução, dar uma recompensa, um petisco. Com isso, ele vai ganhando confiança” diz.

Patricia diz, entretanto, que mesmo com o uso da técnica o cãozinho, em razão do ataque, deve naturalmente sentir mais receio e ficar em estado de alerta sempre que tiver contato com animais com características semelhantes ao que o feriu.

Dica
A especialista reforça que é imprescindível o uso de uma guia ou coleira, para que acidentes como o que ocorreu com Fofinho, em que o pit bull invadiu sua casa, possam ser evitados. “É lei, o animal não pode sair sozinho pela rua”, finaliza.

O ataque
A dona de Fofinho conta que estava na sala de casa quando o pit bull invadiu sua casa. Ela diz que sua filha, de três anos estava sentada, quando o animal entrou correndo e foi para cima da criança. O cãozinho da família viu o pit bull se aproximar da menina, correu e avançou nele.

Ela diz que o pit bull abocanhou o vira-lata pelas costas e o arrastou pela rua por quase dez minutos. Kenya contou ainda que, no momento do ataque, ficou desesperada e tentou atirar objetos, como pedras, pedaços de pau e até um banco de madeira, para salvar o bicho de estimação.

Deixe seu Comentário

Leia Também

MERCADO

Exportações brasileiras de carne bovina sinalizam possível recorde mensal

ECONOMIA

Produção local pode melhorar alimentação em centros urbanos

QUINA

Aposta feita em MS leva mais de R$ 11 milhões na Loteria

ESPORTES

TV Brasil transmite 3 jogos da Série B do Brasileirão no fim de semana