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Estudante de Campo Grande é a mais nova do Brasil entre os aprovados na OAB

Estudante de Campo Grande é a mais nova do Brasil entre os aprovados na OAB

18 abril 2012 - 16h20
Midiamax


A brincadeira de encenar um Tribunal do Júri aos dez anos com a mãe, na época estudante de Direito, aliado a muito estudo e dedicação agora renderam frutos a futura advogada criminalista Cynthia Belchior Rodrigues Vieira, 21 anos.
Antes mesmo de se formar, em novembro deste ano, ela já é a mais jovem candidata do Brasil a ser aprovada no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

“Se não for para eu ser advogada brinco que não vou servir pra mais nada. Foram seis meses de estudo, em que abri mão de tudo para me dedicar ao meu sonho, que era a aprovação na prova da OAB. Eu trabalho como estagiária o dia todo, estudo a noite e chego em casa sempre às 22h30. Então estudava sempre até as 2h da manhã, no começo com um livro da FGV (Fundação Getúlio Vargas), especialista na área e depois refazendo provas anteriores da OAB”, afirma Cynthia.

Além de força de vontade, a jovem garante que foi essencial para ela estar tranquila no momento dos testes. “Conheço colegas que estudaram igual ou até mesmo mais que eu, mas não conseguiram aprovação. E na minha sala eu fui a única a ser aprovada. Acredito que a pessoa tem que estar calma e ter muito foco”, diz Cynthia, que está no 9° semestre de Direito na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

Com o resultado preliminar do exame, que saiu na manhã desta terça-feira (17) e está disponível no site da OAB/MS (www.oabms.org.br), a jovem conta que não vê a hora de atuar na área penal.

“Aqui em casa qualquer crime vira motivo de discussão e até de possibilidades penais aos envolvidos. Converso com a minha mãe e meu pai que estudaram Direito e um irmão, que mora em Minas Gerais. Todos somos da mesma área, com exceção do meu irmão que estuda Medicina Veterinária. E desde pequena eu acompanhava a minha mãe na faculdade e gostava muito de ler, então não tinha como fugir”, brinca Cynthia.

Com relação à profissão de advogada, o jovem afirma saber dos dois lados da carreira. “Sem dúvida o lado bom de ser advogada é a pacificação dos conflitos, já que por mais que uma sociedade se desenvolva, as discussões e brigas sempre irão existir. E o lado ruim são os advogados que se aproveitam do seu cargo para fazer mau uso da profissão.

E durante a entrevista a jovem diz que sempre levou consigo uma frase dita ‘por não sei quem, mas que ela sempre carregou consigo’. “A vida é feita de escolhas e a cada escolha é uma renúncia”, disse. E renúncia esta que fez ao não ir a festas, churrascos de amigos, cinema, algo comum para os jovens da sua idade. “Só não deixei de ver o namorado, que inclusive estudou comigo e me ajudou em muitos momentos”, conta Cynthia.

Muito orgulhosa, a mãe da menina, Fátima Belchior, se diz sem palavras para definir a filha. “Só digo que ela sempre foi muito estudiosa, dedicada e que começou a faculdade com 16 anos. Estudar Direito foi uma opção dela, apesar de eu também ser formada na área e ter três especializações na Área Penal”, argumenta Belchior.

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