quinta, 25 de abril de 2024

Ex-vereador e pastor de igreja evangélica é preso por estelionato

25 janeiro 2012 - 14h49Por Midiamax
Se aproveitando da fé e da inocência das pessoas, mais um pastor é preso em Campo Grande, acusado de crime de estelionato. Cosme Damião Gonçalves Azuága, 52 anos, está preso no Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Sequestros), após movimentar uma conta bancária e procurações do senhor João Batista, um idoso de 83 anos.

De acordo com o boletim de ocorrência, Cosme Damião, que se define como pastor há 12 anos, ficou amigo de João Batista e o convenceu a fazer a partilha de seus bens ainda em vida. Para convencê-lo, o estelionatário disse que teria um amigo advogado que providenciaria a documentação do inventário.

O delegado Roberval Rodrigues, titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), informou que um rascunho com a simulação da partilha chegou a ser feito pelo acusado.

Ainda segundo Roberval, em depoimento a vítima declarou que não se lembra se assinou procuração para o ‘pastor’. Entretanto, confirmou que lhe passou o cartão do banco e sua senha para a retirada de uma quantia em dinheiro e que este ‘rapou’ tudo que havia na conta.

O acusado é morador da Rua Silva Jardim, no bairro Jardim América. Porém, a sua prisão ocorreu em uma sorveteria onde a mulher dele trabalha, no bairro Piratininga. Com o acusado, a polícia apreendeu quatro carteirinhas de pastor da Igreja Evangélica Pentecostal Água Viva, inclusive uma delas sendo do Paraguai.

Crimes

Lesar pessoa idosa é crime configurado no Estatuto do Idoso. No texto diz que é ilegal induzir pessoa idosa a outorgar procuração para administração de bens.

Vereador

Cosme Damião Gonçalves Azuága foi vereador em Nioaque há cerca de três décadas. Em agosto deste ano, o pastor chegou a dar uma entrevista para o Jornal Correio do Estado, afirmando que acabara de realizar uma cirurgia de redução do estômago e que é candidato a vereador novamente este ano. "Saí do meu Estado e fui para o Mato Grosso, servi de cobaia porque a cirurgia era nova e fiquei 11 meses dentro de um hospital. Convivi com pessoas e vi que a necessidade na àrea da saúde é muito grande. Minha parte eu vou fazer", disse ele em entrevista, se referindo a saúde, onde atuaria, se eleito.

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