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Fronteira com MS, Paraguai muda presidente e continua velhos atos

Fronteira com MS, Paraguai muda presidente e continua velhos atos

05 julho 2012 - 15h50
MS Já


Com clima ainda tenso no Paraguai, o presidente paraguaio Federico Franco que assumiu após um suposto golpe legal contra Fernando Lugo, com discurso moralizador de que acabaria com o nepotismo no Poder Público deu demonstrações esta semana de que o país que faz fronteira com 11 cidades de Mato Grosso do Sul continuará sendo palco da falta de cumprimento de promessas de políticos.

Com 10 dias no cargo ele nomeou a cunhada, Mirtha Vergara de Franco, como conselheira da hidrelétrica de Itaipu e o primo Víctor Rivarola como ministro na Secretaria de Ação Social.

Durante o discurso de posse, no dia 22 de junho, Franco prometeu que “terminaria a época em que amigos e parentes ocupam cargos públicos”.

Oportunismo

Essa semana também a agência britânica BBC citou uma declaração do representante paraguaio na Organização dos Estados Americanos (OEA), Hugo Saquier, que dizia que Brasil, Argentina e Uruguai armavam uma "nova Tríplice Aliança" contra a nação, em referência à união dos três durante a Guerra do Paraguai (1864-1870).

"Se quiserem formar outra Tríplice Aliança, que o façam. (…) Não será a primeira vez", disse Saquier, queixando-se do que avaliou como uma articulação entre os três para expulsar o Paraguai do Mercosul e da Unasul, sem dar chance de defesa.

Por ora, o trio já suspendeu o país da cúpula do Mercosul nesta sexta-feira, em Mendoza (Argentina). O Paraguai também foi impedido de participar de reunião da Unasul nas mesmas data e cidade, quando o bloco sul-americano anunciará sua posição sobre a crise paraguaia.

A imprensa paraguaia através do ABC Color, um dos principais jornais paraguaios e que foi fundado durante a ditadura de Alfredo Strossner dando suporte até 1983, tenta dar suporte ao “isolamento” semelhante ao da Tríplice Aliança. O La Nacion que é de 1995 segue a mesma linha nacionalista.

Para a BBC

“Para o analista político paraguaio José Carlos Rodríguez, o novo governo ‘faz uso provinciano e perverso da história’ ao citar a Tríplice Aliança para criticar a postura dos países vizinhos. ‘O discurso é muito útil ao governo, que usa um trauma coletivo para defender algo indefensável. Assim, fazem-se de vítimas e transferem a culpa aos outros’. Segundo ele, a posição adotada por Brasil, Argentina e Uruguai quanto ao impeachment de Lugo é equilibrada e visa responder ao ‘golpe de Estado que houve no Paraguai’’, publicou a BBC.

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