segunda, 29 de abril de 2024

Inflação fechou maio em 0,42%, puxada pelo grupo alimentação

Acumulado nos 12 meses é de 4,29%, ainda abaixo do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%

05 junho 2012 - 14h42
Campograndenews

O grupo de alimentação foi o que mais contribui para a inflação em Campo Grande, que fechou o mês de maio em 0,42%, contra 0,45% do mês anterior. O índice foi de 1,29%, segundo cálculo do Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Universidade Anhanguera-Uniderp.

Segundo o coordenador do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), Celso Correia Souza, o indicador é um reflexo dos aumentos nos preços dos produtos da cesta básica, como arroz, feijão e carnes.

Por outro lado, o grupo sofre influência de fatores climáticos e sazonais, principalmente as verduras, frutas e legumes. O aumento de preço também está relacionado à safra.

Os produtos que mais pressionaram a inflação foram a cebola (19,11%), abobrinha (12,99%), queijo muçarela/prato (10,81%) e filé mignon (10,75%).

Os que apresentaram queda significativa foram o chuchu (-22,05%), mamão (-14,83%), abacaxi (-14,05%) e cenoura (-8,77%).

No item carnes, os cortes de carne bovina reverteram a tendência de queda, com aumento na maioria dos cortes como o filé-mignon (10,75%), picanha (7%), e músculo (4,39%). Apenas o lagarto teve queda de preço, registrando -0,37%.

Em relação à carne suína, o caminho foi oposto, com quedas em todos os cortes, como pernil (-4,23%), costeleta (-3,85%) e bisteca (-2,29%). O frango congelado teve aumento de preço (0,84%) e miúdos (2,07%).

A pesquisa apontada ainda que os valores podem aumentar nos próximos meses, por conta dos reflexos do início da entressafra na pecuária bovina e alta do dólar frente ao real, o que prova aumento nas exportações de carnes.

Outros grupos - As variações positivas foram para os grupos habitação (0,12%), alimentação (1,29%), despesas pessoais (0,48%) e saúde (1,86%).

No grupo habitação os índices refletiram no preço da cera para assoalho (4,97%), limpa vidros (4,40%), carvão (2,78%) e fogão (2,74%). Já o grupo despesas pessoais apresentou alta nos serviços de cabeleireiro (corte e tintura), com 2,65%, absorvente higiênico (2,63%) e xampu (1,91%).

O grupo Vestuário apresentou aumentos de preços nos produtos sandália / chinelo feminino (1,75%), bermuda e short feminino (1,34%), short e bermuda masculina (0,88%), entre outros com menores aumentos.

O grupo saúde também apresentou forte inflação nos preços do hipotensor e hipocolesterínico (7,94%), antiinfeccioso e antibiótico (6,86%), antimicótico e parasiticida (6,05%).

Deflação - Os grupos que mais contribuíram para a queda da inflação foram transportes, educação e vestuário, que tiveram deflações de -0,11%, 0,21% e -1,42%, respectivamente.

As quedas no grupo de transporte refletiram nos preços do pneu novo (0,91%), gasolina (-0,19%), etanol (-0,12%) e diesel (-0,12%).

Também foram registradas quedas de preços do grupo habitação, como liquidificador (-3,04%), forno microondas (-1,92%), inseticida (-1,59%), ventilador (-1,58%), entre outros.

Já nas despesas pessoais a deflação foi no preço do protetor solar (-0,68%) e hidratante (-0,50%). No grupo saúde ocorreram com antigripal e antitusspigeno (-1,53%) e anticonceocional e hormônio (-0,15%).

Controlado - O acumulado nos 12 meses é de 4,29%, ainda abaixo do centro da meta de inflação estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que é de 4,5%, com tolerância de 2% para mais e para menos.

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