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Máfia das vans planejava morte da juíza assassinada

Máfia das vans planejava morte da juíza assassinada

15 agosto 2011 - 08h44Por Terra
A juíza Patrícia Acioli, assassinada na noite da última quinta-feira em Niterói (RJ), havia sido informada pela Polícia Federal (PF), em 2009, de que integrantes da máfia das vans de São Gonçalo estariam planejando sua morte e a de seus familiares. O plano foi desarticulado através de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, nas linhas de Luiz Anderson de Azeredo Coutinho, considerado um dos principais bicheiros do município. As informações são do jornal O Globo.

Ao negar um pedido da revogação da prisão preventiva de Luiz Rogério Gregório - que é acusado, em conjunto com outros integrantes da máfia, pela morte de um homem que pretendia denunciar o grupo -, em agosto de 2009, a juíza fez questão de citar as suspeitas do plano para assassiná-la. Em um dos trechos do documento, Patrícia diz: "com o resultado de todos os fatos, poderemos verificar se efetivamente as ameaças noticiadas pela Polícia Federal adviriam dos fatos ora em apuração neste feito e nos outros em que os acusados são os mesmos".

Juíza estava em "lista negra" de criminosos
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.
Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

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