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Detento está na Penitenciária Federal de Campo Grande e escreve cartas diariamente. Na interceptação de uma delas foi verificado o plano

Detento está na Penitenciária Federal de Campo Grande e escreve cartas diariamente. Na interceptação de uma delas foi verificado o plano

08 outubro 2011 - 07h20
Campograndenews


Um detento da Penitenciária Federal de Campo Grande é apontado como responsável por um plano para execução de uma promotora e de um juiz de Cascavel, Paraná.

O plano foi descoberto através da interceptação de cartas escritas pelo preso, que, segundo o diretor do presídio, delegado da Polícia Federal Washington Clark, está há três meses na unidade da Capital.

Devido à situação, as duas autoridades do judiciário daquele Estado estão sob proteção policial desde à semana passada, conforme informações do Rádio Educadora, veículo de comunicação do Paraná.

Segundo o diretor do presídio federal, quando as cartas foram interceptadas, autoridades foram informadas sobre a situação. Ao Campo Grande News, Washington Clark explicou que este detento escreve cartas diariamente “com histórias inverídicas”.

Conforme o diretor, o preso “cria histórias”. Entre elas, citou o delegado, de que havia uma “conspiração” contra ele - defensor público, agentes do presídio e até o próprio diretor. “Ele vem falando isso desde quando estava em Catanduvas”, falou Clarck, referindo-se à unidade federal paranaense.

Segundo Clark, ele não tem tratamento diferenciado dos demais detentos devido à situação. No presídio, o sistema de segurança é mais rigoroso que em penitenciárias estaduais e os presos ficam em celas individuais e há monitoramento por câmeras.

De acordo com informações divulgados pela Rádio Educadora, o detento da Capital se diz integrante do PCC e ainda delatou ações orquestradas para efetuar crimes em condomínios residenciais de alto padrão em Cascavel. Na época, quatro condomínios foram alvo de furto, alguns no mesmo dia. Os ameaçados moram nesses residenciais.

Proteção - A promotora conseguiu a proteção somente após a interferência do Conselho Nacional do Ministério Público, que fez o reforçou o pedido na Procuradoria Geral de Justiça.

Segundo informações da Rádio Educadora, o documento mostra que a Procuradoria não estava atendendo à solicitação com base na alegação que a promotora é casada com um policial militar e ele mesmo podia promover a escolta.

Além disso, ela poderia andar de carona com o juiz, que já havia recebido proteção policial e um carro blindado.

A relatora do Conselho Nacional de Justiça, Taís Schilling Ferraz, insistiu no pedido e a proteção à promotora foi concedida na semana passada.

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