Policiais federais de Ponta Porã realizaram ontem, um protesto que durou cerca de duas horas por melhores condições de trabalho na delegacia da região de fronteira.
Segundo o presidente do sindicato, Jorge Ribeiro Caldas, o prédio da delegacia no município está em péssimas condições de trabalho. Os portões eletrônicos e as cercas elétricas não funcionam, salas cujos pisos e janelas estão quebrados, além de goteiras, vazamentos, infiltrações e problemas elétricos, estão entre as principais deficiências da estrutura.
Segundo levantamento feito pelo sindicato, a delegacia foi a que mais apreendeu entorpecente e contrabando em todo o estado, uma vez que a cidade está localizada em uma região fronteiriça vizinha ao Paraguai. Desde o início do ano até agora, mais de 18 toneladas de entorpecente foram apreendidas em investigações por policiais daquela unidade.
Em abril, a falta de estrutura na delegacia que fica localizada em posição estratégia para o tráfico internacional já havia sido destacada pela imprensa nacional. Os problemas divulgados davam conta de falta de colete balístico, viaturas paradas por falta de manutenção, racionamento de combustível e redução no efetivo.
A Polícia Federal cobra construção de novas delegacias em Ponta Porã, bem como Corumbá, fronteira com a Bolívia.
Ao assumir a superintendência da PF em Mato Grosso do Sul, no começo deste mês, Edgar Marcon afirmou que espera reforços na região de fronteira.