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Premiê Cameron vai desafiar parlamentares rebeldes

23 outubro 2011 - 20h18Por Reuters
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, se recusará a retroceder em um encontro na próxima semana com parlamentares rebeldes que querem uma votação pública sobre se a Grã-Bretanha deve deixar a União Europeia, disseram ministros no domingo.

O líder conservador, que se opõe ao referendo, enfrenta a maior rebelião de seu governo na segunda-feira, quando os parlamentares votam uma questão que vem causando profundas divisões no partido de centro direita.

O ministro da Defesa Philip Hammond disse que Cameron manteria sua decisão de impor as leis mais duras de votação aos membros conservadores do parlamento. Os parlamentares que desafiarem a instrução de apoiar o governo serão expulsos do partido.

'Não é política do governo ter um referendo sobre a participação da Grã-Bretanha na União Europeia,' disse Hammond à rede de televisão BBC.

Os partidários de Cameron dizem que a votação é uma distração e que os parlamentares podem provocar incerteza econômica em uma época em que a Grã-Bretanha deveria estar ajudando a União Europeia com sua crise de dívida soberana.

Embora Cameron tenha certeza de que vai derrotá-los em uma votação que não tem peso legal, a luta é vista como um teste de sua autoridade, que pode provocar o aumento das tensões na coalizão do governo com os democratas liberais pró-Europa.

'ZONA DO EURO É UMA PRIORIDADE'

Segundo Hammond, agora a questão imediata e urgente é sair da crise na zona do euro. 'Investimentos, perspectivas de emprego, crescimento econômico na Grã-Bretanha, tudo isso está ameaçado pela crise atual.'

As questões sobre os laços da Grã-Bretanha com a Europa ressurgiram nos últimos meses, com conservadores ansiosos em usar a crise financeira da zona do euro para renegociar os laços de Londres com a UE.

Cerca de 70 dos mais de 300 parlamentares conservadores devem votar contra Cameron na segunda-feira. Os liberais democratas e o principal partido da oposição, o Trabalhista, dirão a seus membros que votem com Cameron.

'Não faremos oposição, faremos o que é certo para a Grã-Bretanha', disse o porta-voz dos Trabalhistas, Jim Murphy

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