Desconfortável para os homens, a queda de cabelo nas mulheres ganha ares de tragédia. Ponto mais que importante do visual, perdê-lo, em pequenas ou grandes quantidades, assusta mesmo! Segundo levantamento médico recente, 50% das mulheres que procuram um dermatologista reclamam de perda acentuada dos fios. “Antes de qualquer tratamento, temos que considerar a queda natural”, explica a farmacêutica Paula Luisa. O tempo de vida de um fio é de aproximadamente quatro anos; após esse período, ele cai, dando lugar a um novo. Por que, afinal, o cabelo cai? Além da herança genética e doenças específicas do couro cabeludo, como dermatite seborréica, fungos e micoses, outros fatores — que não parecem relacionados — podem desencadear o problema. A queda de cabelo, em certas quantidades, é normal, até porque todos os dias caiem entre 50 a 100 cabelos do nosso couro cabeludo.
Uma das causas da queda pode ser a oscilação hormonal: a tireóide é uma glândula produtora de hormônios, responsáveis pelo equilíbrio do metabolismo. Assim, tanto o hipertiroidismo (produção maior de hormônios) quanto o hipotiroidismo (produção menor), ambos provocados por disfunções orgânicas, modificam o ciclo capilar reduzindo os fios. Já a glândula supra-renal e os ovários são responsáveis pelos hormônios sexuais. Sempre que sofrem algum distúrbio, o cabelo cai. “Unhas e cabelo são chamados anexos da pele. Quando o organismo percebe algum problema, economiza energia para uma situação de emergência. Um dos recursos é parar de alimentar os anexos. Por isso, eles caem”, explica Paula.
Outra causa é o estresse. Quando enfrentamos uma situação de medo, angústia, pressão, o nosso organismo entra em estado de alerta e desencadeia uma rede de reações. O cérebro passa a produzir cortisol em grande quantidade, ficando mais ligado. Dado o alarme, o corpo economiza energia, mandando-a apenas para as atividades orgânicas vitais. Por isso, novamente os anexos são desprezados e os fios começam a cair.
Um dos principais tratamentos para a queda de cabelo é a reposição de vitaminas e minerais, através do uso de suplementos vitamínicos como o “Pill Food”. Os principais suplementos utilizados para a queda são o ferro, ácido fólico, vitaminas do complexo B, zinco e cobre. Além de procurar balancear a dieta, há produtos específicos no mercado com a função de repor essas substâncias em quem tem queda por deficiência nutricional.
Podemos, também, adquirir hábitos que ajudam a melhorar a queda, como: evitar as agressões, principalmente se os fios já estiverem enfraquecidos. “Mas as tinturas em geral não prejudicam tanto como o secador e a chapinha. Apesar de não fazer cair, o calor enfraquece ainda mais o cabelo”, ressalta a farmacêutica Paula. Portanto, siga estes conselhos para não acentuar a queda.
• Lave o cabelo todos os dias com xampu neutro. Lavar não piora o quadro, ao contrário, fios sujos ou malcuidados acabam abrindo caminho para outros problemas, como dermatites, que podem detonar a queda. Na hora de lavar, faça movimentos suaves com a ponta dos dedos.
• Após o banho, desembarace com um pente de madeira com dentes largos. Comece pelas pontas e vá devagar.
• Antes de partir para o secador ou a chapinha, deixe secar um pouco naturalmente.
• Não prenda imediatamente nem use tiaras. Prefira os elásticos de pano.
Antes de sair se automedicando, procure seu dermatologista para poder saber a causa da sua queda de cabelo. Para maiores informações os farmacêuticos da Farmácia Popular de Manipulação, estão à disposição.