quinta, 02 de maio de 2024
ECONOMIA

Brasil está bem para resistir a choques, diz Goldfajn para FMI

12 outubro 2018 - 13h00Por Agência Brasil

O Brasil está bem posicionado para resistir a choques. Essa é a avaliação que o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, apresenta durante as reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, desde ontem (11/10), até domingo (14/10), em Bali, na Indonésia.

Goldfajn avalia que o cenário global continua desafiador para os países emergentes, devido à normalização das taxas de juros em economias avançadas, como os Estados Unidos. Com taxa de juros mais alta no mercado norte-americano, investidores com capital aplicado em países emergentes, como o Brasil, podem preferir tirar recurso do país e investir em títulos do Tesouro americano. Esse é um dos motivos que fazem com que o dólar se valorize em relação ao real. Goldfajn também citou as incertezas no comércio internacional, o que pode afetar o crescimento econômico global.

Goldfajn reforça que o Brasil tem um balanço de pagamentos robusto, regime cambial flutuante (taxa de câmbio definida no mercado), nível adequado de reservas internacionais (acima de US$ 380 bilhões) e inflação baixa e controlada.

Segundo o presidente do BC, o balanço de pagamento está em posição confortável, porque o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo da economia) cobre mais de quatro vezes o déficit em transações correntes (compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações).

Goldfajn acrescenta que o sistema financeiro brasileiro é resiliente e seus recursos vêm principalmente de fontes domésticas, limitando o impacto dos choques globais.

O presidente do BC também defende a continuidade das reformas no Brasil, especialmente a da Previdência. “Apesar do progresso da agenda de reformas nos últimos dois anos, o passo decisivo que é a reforma do sistema de aposentadorias ainda não foi dado. O cenário financeiro global mais adverso reforça a necessidade de continuação das reformas e ajustes, a fim de garantir a confiança na sustentabilidade fiscal e gerar maior crescimento econômico”, afirma Goldfajn, em seus apontamentos para a reunião.

Deixe seu Comentário

Leia Também

GERAL

Candidato poderá apresentar documento digital no concurso unificado

SAÚDE

Comissão de Saúde debate adoção de prontuário eletrônico único no SUS

SAÚDE

Fiocruz recebe 88 propostas de projetos para o Memorial Covid-19

DIREITOS HUMANOS

Comissão debate prevenção ao bullying entre pessoas com deficiência e autismo