quinta, 02 de maio de 2024
ECONOMIA

Dólar fecha em alta pelo quarto dia seguido, no maior valor em mais de 2 anos

16 maio 2018 - 17h00Por G1

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (16), se aproximando do patamar de R$ 3,70, no quarto dia seguido de valorização, no maior valor desde abril de 2016.

A moeda dos EUA subiu 0,47%, vendida a R$ 3,679, após chegar a R$ 3,6955 na máxima do dia. Já o dólar turismo era negociado a R$ 3,84. 

Os investidores seguem de olho no cenário externo, onde havia temores de mais altas de juros que o esperado nos Estados Unidos neste ano, influenciando no fluxo global de recursos.

O rendimento do Treasury (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) de 10 anos cedia nesta quarta, mas ainda acima do nível de 3%, o que ajudava a pressionar a moeda norte-americana, destaca a Reuters.

"A intenção do banco central norte-americano em continuar com seu gradualismo na condução da política monetária ainda gera muitas dúvidas... Consenso mesmo é que o Fed deve anunciar seu segundo aumento do juro em junho", afirmou a Advanced Corretora em relatório.

Na véspera, os dados de vendas do varejo norte-americano elevaram as apostas para três novas altas de juros neste ano, somando-se à que foi feita em março pelo Federal Reserve.

Mas, nesta quarta-feira, os dados da produção industrial de abril, embora tenham vindo mais fortes do que as projeções, trouxe revisões em baixa dos números de meses passados.

Cenário local

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve promover, nesta quarta, um novo corte no juro básico da economia, a Selic, de 6,5% ao ano para 6,25% ao ano, de acordo com aposta que é quase consenso entre os analistas do mercado financeiro. A previsão dos economistas no novo corte ocorre apesar da disparada do dólar nas últimas semanas, que pode pressionar a inflação no Brasil.

Alta de mais de 10% no acumulado no ano

No ano, o dólar acumula até o fechamento do pregão da véspera alta de 10,51%. A disparada do dólar no Brasil acontece diante da incerteza eleitoral e do temor de que os juros nos Estados Unidos subam mais que o esperado neste ano.

O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investimentos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real.

Interferência do BC no câmbio

O Banco Central brasileiro realizou e vendeu nesta sessão a oferta integral de até 5 mil novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Com isso, já colocou o equivalente a US$ 750 milhões adicionais no mercado.

A autoridade também vendeu a oferta integral de até 4.225 de swaps para rolagem do vencimento de junho. Dessa forma, já rolou 3,96 bilhões de dólares do total de US$ 5,650 bilhões que vencem mês que vem.

Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem.

Deixe seu Comentário

Leia Também

SAÚDE

Internações e mortes por influenza e vírus sincicial aumentam no país

EDUCAÇÃO

MEC criará protocolos para combater racismo em escolas

GERAL

Candidato poderá apresentar documento digital no concurso unificado

SAÚDE

Comissão de Saúde debate adoção de prontuário eletrônico único no SUS