Pesquisadores da Michigan State University, nos Estados Unidos, identificaram uma proteína essencial que dirige a migração das células mamárias cancerosas para outras regiões do corpo levando à metástase.

A pesquisa pode ajudar os cientistas a entender melhor o processo pelo qual o câncer de mama se espalha e levar a novas terapias, em especial para um tipo agressivo de câncer de mama conhecido como triplo negativo.

Em um estudo com ratos, Kathy Gallo e Jian Chen identificaram como as principais proteínas celulares são instruídas pela proteína MLK3 por meio da adição de etiquetas moleculares chamadas fosfatos para interagir umas com as outras, levando as células cancerosas a se moverem.

Especificamente, eles descobriram que MLK3 promove a adição de fosfatos a uma outra proteína chamada paxilina, que é conhecida por controlar como as células se movem.

A equipe mostrou que a eliminação completa de MLK3 ou por meio do uso de uma droga chamada CEP-1347 para bloquear a capacidade da proteína em adicionar fosfatos a outras proteínas cessou o movimento das células cancerosas da mama nos animais.

Os resultados experimentais indicam que quando certas células cancerosas perdem MLK3, a capacidade de adicionar fosfatos é prejudicada, eventualmente incapacitando a migração celular e reduzindo o movimento celular.

"Nossa pesquisa sugere que as vias intracelulares envolvendo MLK3 que controlam o movimento da célula poderiam fornecer novos alvos para o tratamento de pacientes com câncer metastático", afirma Chen.

O próximo passo dos pesquisadores é testar se um inibidor de MLK3 pode prevenir o câncer de sofrer metástase em modelos animais.