terça, 07 de maio de 2024
SAÚDE

Idosos precisam tomar vacinha contra a febre amarela

05 fevereiro 2018 - 16h50
A febre amarela silvestre segue avançando pelo nosso país. Em São Paulo, dados da Secretaria de Estado da Saúde apontam que, de janeiro de 2017 a janeiro de 2018 houve 165 casos de febre amarela confirmados e, destes, 132 autóctones, isto é, adquiridos no próprio estado. Importante saber que os homens são mais acometidos: 82,6% dos pacientes eram homens, com uma mediana de idade de 44,6 anos. Dentre as 132 pessoas acometidas, 50 pessoas morreram. A letalidade é alta: 37,8%. Portanto, mais de um terço das pessoas acometidas pela febre amarela pode morrer.

A vacina é a atualmente a única arma de que dispomos para nos defender. Pesquisadores sabem disso e por isso procuram as evidências cientificamente comprovadas como mais seguras para determinar as orientações e direcionamentos a serem definidos como normas pelas autoridades de saúde para estruturar as estratégias públicas. Em resumo: as orientações mudam com as evidências.

Estuda-se muito. Pesquisas e evidências clínicas estão constantemente sendo revistas. Por isso as informações são atualizadas com muita rapidez. Acreditava-se que um reforço a cada 10 anos da vacina seria necessário. Hoje se sabe que uma dose protege para o resto da vida. Acreditava-se que a vacina fracionada protegeria por 1 ano, aproximadamente. Hoje se entende que a vacina protege por 8 anos. Idosos com mais de 60 anos deveriam receber a vacina apenas com liberação médica. Hoje a recomendação indica que idosos saudáveis, sem imunodepressão e morando em área de risco, devem tomar a vacina.

E os efeitos colaterais da vacina: são mais importantes e "perigosos" nos idosos?

Sim. Os efeitos colaterais das vacinas podem ser mais evidentes nos idosos. No entanto, o risco de contrair a febre amarela e morrer por causa dela é maior do que a possibilidade de desenvolver efeito adverso grave por conta da vacina em idosos saudáveis que estão em área de risco.

Por isso, vale a orientação: idosos saudáveis que vivem em áreas de risco: vacinem-se contra a febre amarela. Parece que ela veio mesmo para ficar.

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