Foto: ABC ColorOs oito corredores sanitários instalados na fronteira entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã já demonstram números positivos à economia local. Segundo Júlio Winckler, presidente da Câmara de Comércio da cidade paraguaia, desde que foram inseridos na linha internacional, as vendas já aumentaram entre 8% e 9%.
Em entrevista ao jornal ABC Color, Winckler afirmou que a medida garantirá a estabilidade dos empregos.
Chamadas de “entrega na fronteira”, as tendas de trânsito permitem a compra de um país para o outro sem a necessidade de cruzar a linha. O representante do comércio afirmou que além do alívio no caixa das empresas, a alternativa também possibilitou o cumprimento de atividades com apoio de parentes e amigos do outro lado da fronteira.
Ao jornal ele citou o caso de paraguaios que precisam comprar medicamentos no lado brasileiro.
“O cenário não é o ideal, mas permite oxigenar a economia do país”, considera.
Ele classifica as medidas sanitárias impostas pelo governo paraguaio como importantes e essenciais. Disse ainda que os comerciantes sabem da necessidade de cuidado e garantiu que todas as movimentações comerciais estão sendo feitas de acordo com o que recomendam as autoridades de saúde.
Pedro Juan Caballero é considerada cidade gêmea de Ponta Porã. Para transitar entre os dois países basta atravessar uma avenida. Desde março, o governo paraguaio fechou as fronteiras com o Brasil, temendo um surto da Covid-19 no país.
Hoje o Paraguai contabiliza 6.907 casos confirmados, com 75 mortes. Já o Brasil ocupa a segunda posição mundial no índice de infectados. Ao todo já são 3.035.649 de pessoas que contraíram a Covid-19 -- 2.118.460 já estão recuperadas --, sendo que 101.142 morreram em decorrência da doença.
