Uma pista clandestina foi descoberta durante ações da operação que prendeu o paranaense Ricardo Luiz Picolotto, apontado como fornecedor de armas e drogas para grupos criminosos de São Paulo e do Rio de Janeiro.
A informação foi divulgada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai, neste sábado, dia 23 de dezembro, juntamente a vídeos que mostram a pista em meio à vegetação da área rural da cidade de Corpus Christi, no Paraguai, a cerca de 200 quilômetros de Foz do Iguaçu, no Paraná.
“Foi detectada uma pista clandestina que estava sendo preparada para servir de plataforma para estruturas de tráfego aéreo. Próximo a este ponto, também foi localizada uma casa utilizada pela facção criminosa como base a partir da qual foram planejadas ações criminosas que vão desde agressões, extorsões, homicídios e tráfico de drogas”, afirmou a pasta.
Quem é Picolotto
Ricardo Luiz Picolotto foi preso sob a suspeita de tráfico de drogas e armas no dia 19 de dezembro.
Conforme a polícia, ele era responsável pela organização logística de um grupo criminoso que oferecia armas e drogas para facções atuante no Rio de Janeiro e São Paulo.
Além de Picolotto, outras 10 pessoas foram detidas, e nove foram mortas em confronto com a polícia.
O grupo pelo qual Picolotto é suspeito de envolvimento é investigado por participação em assassinato de policiais paraguaios e brasileiros.
Durante a operação em que Picolotto foi preso, foram apreendidos armamentos pesados – alguns capazes de derrubar aeronaves e perfurar blindagem veicular.
Polícia divulgou que nas armas apreendidas havia a sigla IAS-PY que se refere à empresa de Diego Hernan Dirísio – apontado pela Polícia Federal brasileira como o maior contrabandista de armas da América do Sul.
Da mesma forma, a polícia afirma ter encontrado documentos falsos, rádios comunicadores, joias, colete à prova de bala e munição.
Quem é Diego Dirísio
Em 5 de dezembro, em Assunção, no Paraguai, Diego Dirísio foi o principal alvo de uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para os chefes das maiores facções do Brasil, movimentando R$ 1,2 bilhão.
Na ocasião, ele não foi localizado.
Segundo as investigações, Dirísio compra armas fabricadas em países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia, para revender a criminosos brasileiros.
Funcionamento da organização criminosa
De acordo com a investigação, o grupo integrado pelo paranaense é chefiado por um paraguaio conhecido como "Macho".
Segundo a investigação, a organização se caracteriza por ações de extrema violência contra facções rivais e contra policiais.