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POLÍCIA

Fazendeiro de MS herdou rotas de narcotráfico do PCC após morte do sogro

05 dezembro 2019 - 08h30Por Dourados News/MidiaMax

Preso em casa nesta quarta-feira, dia 04 de dezembro, em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, o empresário Rubens de Almeida Salles Netto herdou o comando do tráfico internacional de drogas do sogro. Rubens tem fazendas e empresas em Mato Grosso do Sul, por onde passava a cocaína trazida da Bolívia e levada até o porto de Santos, no litoral paulista, onde embarcava rumo à Europa.

Conforme o delegado da Polícia Federal, Fabrizio Galli, Rubens se apresentava como empresário em Mato Grosso do Sul e aqui tinha fazendas, possivelmente utilizadas para o tráfico de drogas. O empresário assumiu o tráfico internacional de drogas após a morte do sogro, que já tinha sido preso em 2010 na Operação Deserto e faleceu anos depois.

A princípio o empresário teria ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital), conforme afirmado pela Polícia Federal. Como a produção e venda de cocaína originária da Bolívia é comandada pela facção, bem como o porto de Santos (SP), o nome de Rubens foi prontamente ligado à facção criminosa.

A Operação Voo Baixo teve início em 2018, quando a FAB (Força Aérea Brasileira) abateu uma aeronave que tinha acabado de cruzar a fronteira entre Bolívia e Mato Grosso do Sul. Na ocasião meia tonelada de cocaína foi apreendida e desde então, 2,6 toneladas já foram apreendidas pela Polícia Federal nas investigações.

A partir da apreensão de documentos, a PF chegou ao nome de Rubens, por meio de manuscritos. É investigado se a organização criminosa também lavava dinheiro, já que a maioria tinha empresas de fachada, para justificarem ganhos do tráfico de drogas. Ao todo foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e 22 pessoas já foram presas nas investigações, sendo 11 detidas em flagrante nesta quarta-feira.

Modus operandi

Rubens era responsável pela tratativa com os traficantes bolivianos. Ele negociava a compra da droga e se encarregava de atravessar o entorpecente pelo país, chegando ao porto de Santos e de lá partindo para a Europa. Segundo o delegado Fabrizio Galli, no Brasil o valor da cocaína aumenta 300% e na Europa pode ter valor 5.000% maior. (Midiamax)

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