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PMDB quer prefeitura de Dourados para enfraquecer Delcídio em 2014

26 setembro 2011 - 17h40
PMDB quer prefeitura de Dourados para enfraquecer Delcídio em 2014

Conjuntura Online

Além de fazer o sucessor do prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), em 2012, outro grande trunfo do PMDB é conquistar a prefeitura de Dourados, sobretudo os principais redutos eleitorais do Estado, como Corumbá e Três Lagoas, para chegar forte nas eleições de 2014.


Na prática, a estratégia peemedebista é derrotar o prefeito douradense, Murilo Zauith (PSB), a fim de fragilizar a candidatura ao governo estadual do senador Delcídio do Amaral (PT), de quem o socialista é aliado e tende a ser seu principal cabo-eleitoral durante a sucessão do governador André Puccinelli (PMDB).


Os principais expoentes do PMDB sabem que continuar à frente da prefeitura da Capital, onde o partido reina por quase duas décadas, não é tarefa tão difícil, por isso o interesse em investir pesado no segundo maior colégio eleitoral do Estado, onde o PT trabalha para continuar no palanque de Murilo Zauith e tirar dividendos políticos no futuro.


Os deputados federais Geraldo Resende e Marçal Filho são as principais armas do PMDB douradense, um deles, na leitura dos líderes peemedebistas, capaz de acabar com o sonho de reeleição de Murilo, hoje pertencente ao grupo político que dá sustentação ao governo da presidente Dilma Rousseff. Com menor chance de ser indicada, a vereadora Délia Razuk também coloca-se como pré-candidata .


O maior problema de Murilo, além do fato de ser obrigado a mostrar profundas mudanças administrativas em curto prazo, uma vez que assumiu “mandato tampão” de dois anos após renúncia de Ari Artuzi, é convencer o DEM e o PSDB, a não disputarem a prefeitura, ainda que muitos acreditem que a pulverização de candidaturas beneficiaria o socialista.


Apesar dos obstáculos, Murilo aposta no trânsito que tem com outras lideranças petistas, como o deputado federal Vander Loubet, sobrinho do ex-governador Zeca do PT, para se viabilizar politicamente, sobretudo, reeditar a mesma ou parte da aliança que o levou a prefeitura.


Do jeito que está hoje, Murilo tem recebido críticas construtivas até de quem foi um de seus maiores incentivadores e correligionário.


O presidente regional do DEM, deputado estadual Zé Teixeira, por exemplo, avaliou, em entrevista na terça-feira, que o prefeito “conseguiu recuperar moralmente a cidade, mas ainda precisa dar um choque de administração”.


Pré-candidato do DEM à prefeitura, Teixeira também negou que o governador André Puccinelli tenha influenciado a candidatura dos partidos aliados como forma de minar as bases eleitorais de Murilo.


Segundo ele, as candidaturas são absolutamente naturais, uma vez que partido que não almeja o poder não tem razão de existir. Apesar da tendência de candidatura própria, o deputado não descarta eventual aliança entre os partidos que integram a base de apoio do governador.


"Temos que sentar à mesa com os partidos e montar um projeto para Dourados", defende o presidente do DEM.


CAMPO GRANDE


Na Capital, o PMDB encomendou uma série de pesquisas (qualitativas e quantitativas) para escolher entre Carlos Marun, Edil Albuquerque e Paulo Siufi quem concorrerá à sucessão de Nelsinho, ano que vem.


Dependendo das articulações encabeçadas pelo governador, partido poderá , pela primeira vez, abrir mão de candidatura própria para apoiar o deputado federal Edson Giroto, ex-peemedebista que se abrigou no PR para acomodações políticas de ocasião.


Por outro lado, Giroto tem até o dia 7 de outubro – data em que expira o prazo de filiação partidária para quem deseja participar das eleições municipais do ano que vem – para retornar aos quadros peemedebistas.

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