quinta, 30 de novembro de 2023

Resgatado para superintendência, Cestari quer “colocar o Incra de pé”

30 agosto 2011 - 17h20
Resgatado para superintendência, Cestari quer “colocar o Incra de pé”

Campograndenews

Fez efeito a série de protestos dos movimentos dos sem-terra de Mato Grosso do Sul na semana passada para exigir a nomeação de um novo superintendente para o Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária). O advogado Celso Cestari, procurador aposentado do órgão, e ex-superintendente em duas ocasiões, foi nomeado ontem e deve assumir até o fim desta semana.

Cestari assume o Incra em um período de crise, com o processo de reforma agrária paralisado no Estado, em razão de uma decisão judicial que, em setembro do ano passado, afastou o então superintendente Waldir Cipriano, substituído por um interino, Manuel Furtado Neves, que ficou no cargo até agora.

Em entrevista ao Campo Grande News, Cestari disse hoje que sua missão principal é “colocar o Incra de pé”. Ele informou que vai assumir o cargo só depois de conversar com o presidente do Incra, Celso Lisboa de Lacerda, de quem recebeu o convite para ocupar a superintendência do Incra.

O novo superintendente assume com o apoio da maior parte dos movimentos que representam sem-terra acampados e assentados no Estado. Ele disse que, justamente por isso, pretende chamar, de imediato, os representantes para explicar suas intenções e seus planos para o Incra.

Outra pretensão de Cestari é, segundo disse, resgatar a autoestima dos funcionários, após um período tão grande de crise de notícias negativas sobre o trabalho do órgão.

Para Cestari, o órgão vive hoje uma situação “complexa e grave”, fruto de decisões que classificou de “desastrosas” na gestão do Instituto no Estado.

Sem filiação partidária, o superintendente diz que quer “pairar acima” das questões políticas.

Ao comentar como pretende estabelecer sua relação com o Governo do Estado, disse que pretende inserir o programa de reforma agrária no programa de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. A intenção, segundo Cestari, parte da convicção de que os assentamentos poderiam estar contribuindo muito mais do que estão para o crescimento econômico do Estado.

Cestari trabalhou durante mais de 30 anos no Incra e se aposentou no ano passado. Ele foi superintendente no início de carreira e durante o Governo Lula.

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