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Russo critica divergências entre ex-ministros sobre Código Florestal

26 agosto 2011 - 17h20
Russo critica divergências entre ex-ministros sobre Código Florestal


Campograndenews


O senador Antonio Russo afirmou que as visões dos ex-ministros da Agricultura e do Meio Ambiente sobre o Código Florestal parecem a de pessoas que vivem em países diferentes. Após acompanhar a reunião conjunta das Comissões de Agricultura, de Meio Ambiente e de Ciência e Tecnologia, nesta quinta-feira (25), em que se ouvira os ex-ministros da Agricultura, Francisco Turra, Reinhold Stephanes e Alysson Paulinelli, Russo disse que voltou a se sentir em solo brasileiro, ao contrário do que quando, no dia anterior, acompanhou os ex-ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, Carlos Minc, José Carlos Carvalho e Sarney Filho.

“Parece que os ex-ministros da Agricultura vivem em um país diferente do dos ex-ministros do Meio Ambiente. Hoje sim, me senti no Brasil, porque ontem (quarta-feira, 24) parecia que os expositores estavam preocupados apenas com Copenhagen e Rio + 20”, disse o senador por Mato Grosso do Sul.

Antonio Russo disse que não é contra os acordos internacionais assinados em prol da preservação ambiental, mas questiona a prioridade e o enfoque que os ambientalistas dão a eles, dando a impressão de que eles não leram o texto produzido pelo deputado Aldo Rabelo.

Aprovação rápida do Código Florestal - Os ex-ministros da Agricultura Reinhold Stephanes, Francisco Turra e Alysson Paulinelli defenderam a aprovação rápida pelo Senado do Novo Código Florestal.

Stephanes disse que a legislação em vigor é inviável e que por isso é importante votar o texto no Senado logo. Ele sugeriu que os aperfeiçoamentos necessários ao texto sejam feitos ao longo dos próximos anos. O ex-ministro também destacou a preocupação do setor agrícola com o uso de tecnologias para preservar os recursos naturais, como plantio direto (técnica de plantio de grãos que promove a conservação do solo); combate biológico de pragas; e integração lavoura, pecuária e floresta.

No mesmo sentido, Paulinelli disse que o país não pode se descuidar de seu potencial agrícola e de sua capacidade de gerar conhecimento científico para o avanço do agronegócio.

Para Francisco Turra a aprovação da matéria é fundamental para garantir a continuidade do crescimento da agricultura brasileira. Ele disse que o agronegócio está organizado "para produzir e preservar". Também afirmou que o Código não prevê anistia a desmatadores nem incentiva novos desmatamentos.

APPs - Ao comentar as normas propostas para legalizar plantios em Área de Preservação Permanente (APP), Stephanes defendeu que o novo código regularize atividades consolidadas, como plantio de uva, maçã e café nas regiões Sul e Sudeste. Para ele, plantios em margem de rio, encosta, topo de morro e várzeas, se forem feitos sem agredir o meio ambiente, sem causar erosão, devem ser regulamentados.

Stephanes criticou as atuais regras para punir desmatadores, afirmando ter havido excessos por parte dos órgãos ambientais. Para ele, o novo código deve regularizar terras abertas conforme legislação da época e prever regras para aqueles que desmataram de forma irregular, prevendo mecanismos para incentivar o reflorestamento das áreas.

*Ex-ministros pregam mudanças - Os ex-ministros de Meio Ambiente Marina Silva, Carlos Minc, José Carlos Carvalho e Sarney Filho afirmaram no Senado na quarta-feira (24) que o projeto de reforma de Código Florestal precisa ser modificado para eliminar brechas para novos desmatamentos, incluir instrumentos econômicos de incentivo à manutenção e recomposição de áreas florestadas e para diferenciar medidas para a agricultura familiar.

(*) Com informações da assessoria

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