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Azambuja veta projeto de lei que proibia uso do Uber no Estado

24 dezembro 2015 - 07h00Por Correio do Estado
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), vetou o projeto de lei que proibia o transporte remunerado de passageiros em veículos particulares cadastrados a partir de aplicativos como o Uber. O veto foi publicado na edição desta quarta-feira (23) do Diário Oficial do Estado.

De acordo com a publicação, na justificativa do veto o governador afirma que a cabe à União legislar sobre diretrizes da política nacional de transportes, conforme previsto na Constituição Federal. Além disso, a competência legislativa sobre o transporte individual de passageiros dentro da cidade caberia ao Município.

O projeto de Lei que proibia o aplicativo foi aprovado pela Assembleia Legislativa no dia 2 de dezembro. De autoria do deputado estadual João Grandão (PT), o projeto se baseou em lei federal que regulamenta a profissão de taxista. “Na maioria dos casos estes carros particulares não são conduzidos por profissionais devidamente qualificados e habilitados para a função, ou têm licença registrada nos órgãos e departamentos competentes para exercer tal ofício”, justificou o deputado.

Sobre a regulamentação dos taxistas, Azambuja explica que devido a crise da mobilidade urbana enfrentada por vários municípios, foi promulgada uma Lei Federal que estabelece balizas para estados e municípios sobre disciplina dos transportes.

Umas dessas balizas define o transporte urbano como “conjunto de serviços de transporte público e privado utilizados para o deslocamento de pessoas e cargas nas cidades integrantes da Política Nacional de Mobilidade Urbana”.

Nos incisos, são definidos como transportes o serviço remunerado de transporte remunerado aberto ao público por intermédio de veículos de aluguel, para a realização de viagens individualizada e meio motorizado de transporte de passageiros utilizado para a realização de viagens individualizadas por intermédio de veículos particulares.

Por se tratar de legislação federal, o governo afirma que as competências cabem a União e aos municípios, não tendo o Governo poder sobre o caso. Dessa forma, a proibição foi totalmente vetada.

SOBRE O APP

O Uber gerou disputas violentas em outras capitais do país, principalmente Rio de Janeiro. No site oficial da empresa norte-americana não há registro de pessoas cadastradas em Campo Grande.

Em redes sociais, há grupos de carona da Capital, mas em geral as pessoas pedem e oferecem viagens entre cidades.

A proposta desses serviços é que por meio de aplicativos de celular as pessoas possam comunicar com motoristas cadastrados e solicitar corridas. É possível dividir as corridas com outras pessoas, tornando a tarifa mais barata. E mesmo quem não divide, acaba pagando mais barato do a tarifa do táxi.

Os carros que atendem por esses aplicativos também precisam ser sempre com ar-condicionado e novos.

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