O pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai confessou à Polícia Federal que, os R$ 12 milhões tomados como empréstimo do banco Schahin em 2004 foram destinados ao PT. Ele disse ainda que o acordo foi fechado em sua casa, em Campo Grande (MS).
Publicação da Valor Economico afirma que, em depoimento, o pecuarista afirmou que se reuniu com dois tesoureiros do partido - Delúbio Soares, condenado no Mensalão, e João Vaccari Neto, preso e processado por corrupção e lavagem de dinheiro no caso Petrobras -. Participaram do encontro Giovani Favieri e Armando Peralta, publicitários que têm ligações com o PT.
Presentes dois velhos conhecidos: Giovane Favieri e Armando Peralta conhecidos como irmãos metralha ou, simplesmente, petralhas. Os dois ficaram milionários a partir do governo de Zeca do PT.
Conforme a reportagem, Bumlai relatou ainda que o negócio foi sugerido pelo presidente do Banco, Sandro Todrin. “Não iria custar nada a mim. Eu quis fazer uma gentileza, um favor, uma gentileza para quem estava no poder”, afirmou o pecuarista.
O motivo de Bumlai ter concordado em fazer o empréstimo, segundo seu depoimento, é de que procurava manter bom relacionamento com o PT.
RÉU
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Paraná, aceitou nesta terça-feira (15) a denúncia contra o pecuarista de Mato Grosso do Sul José Carlos Bumlai e outras dez pessoas, acusadas de corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta.
Bumlai, agora réu, é suspeito de ter participado de um esquema de corrupção na Petrobras e repassado dinheiro ao PT, trabalhando como um "operador do partido".