De acordo com a Superintendência Federal de Agricultura no Estado (SFA-MS), de janeiro a novembro, foram abatidos 3,42 milhão de cabeças, 4% a menos que a quantidade contabilizada em igual período de 2013, com 3,57 milhão de animais. Essa queda, que reduz o volume de carne no mercado e aumenta os preços, ocorre após elevação acentuada no volume de abates nos últimos cinco anos. Ou seja, os estoques no Estado estão reduzidos.
O analista-chefe e estrategista de mercado de pecuária de corte da Rural Business, Júlio Brissac, observa que a produção bovina tem diminuído no Estado em consequência do volume significativo de abates de fêmeas. Na comparação entre janeiro e novembro deste ano e igual período de 2010, a quantidade de abates de matrizes aumentou 38,6%, de 1,07 milhão para 1,48 milhão de cabeças.
Essa trajetória foi atenuada neste ano, com redução de 6,6% na destinação de vacas aos frigoríficos – foram abatidos, de janeiro a novembro de 2013, 1,58 milhão de fêmeas. “Mesmo apontando queda de 6,6% em um ano, tal volume representa 38,6% a mais do que o reportado 5 anos atrás, mostrando que os produtores locais abatem, hoje, 411 mil cabeças a mais de fêmeas do que em 2010”, detalha Brissac.
O analista observa que a participação das fêmeas no total dos abates apresenta média elevada nos últimos anos e a tendência é de aprofundamento desse cenário em 2015. “Vamos fechar 2014 com abate sequencial muito alto de fêmeas nos últimos quatro anos, com média de 45%. Este porcentual causa baixa oferta de gado também em 2015 e, assim, propostas de compra de gado gordo com preços ainda mais altos tanto na safra como na entressafra 2015, guardando as devidas proporções”, afirma.
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