quinta, 22 de maio de 2025

IBGE vai fazer estudo para confirmar em qual estado está sede de hidrelétricas

IBGE vai fazer estudo para confirmar em qual estado está sede de hidrelétricas

26 novembro 2015 - 11h00Por Correio do Estado
Um estudo de georreferenciamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai definir legalmente em que coordenadas estão localizadas as casas de máquinas das usinas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira. Mato Grosso do Sul e São Paulo brigam por esse domicílio fiscal para garantir recolhimento de tributos.

As prefeituras são as mais beneficiadas. No meio da queda de braço estão Três Lagoas e Selvíria, do lado sul-mato-grossense, e Castilho e Ilha Solteira, pelo estado paulista. De acordo com dados de Castilho, somente em 2014 foram destinados à prefeitura daquele município mais de R$ 32 milhões em impostos por conta da hidrelétrica.

As duas usinas foram leiloadas pelo governo federal nesta quarta-feira e foram arrematadas pela China Three Gorges, dona da maior hidrelétrica do mundo, a de Três Gargantas, em território chinês. O valor pago por elas foi de R$ 13,8 bilhões. Outras 29 também foram comercializadas no mesmo certame.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o estudo do IBGE já foi encomendado e houve o comprometimento de que esteja pronto "o mais rápido possível", divulgou a assessoria de imprensa do órgão. A previsão dada é até 30 de dezembro deste ano, quando será assinado o contrato de outorga entre a China Three Gorges e o governo brasileiro.

O georreferenciamento vai servir para embasar a conclusão, mas ainda há discussão que setor vai confirmar a sede para receber os tributos. No Ministério das Minas e Energia, a informação que é a Aneel que tem essa responsabilidade. Na agência, ninguém confirma esse posicionamento.

DISPUTA DE LONGA DATA

A indefinição sobre o domicílio fiscal das duas usinas começou depois que a concessão pública terminou e um novo leilão seria feito. A mudança de municipalidade consta na portaria do Ministério das Minas e Energia nº 384, de 18 de agosto de 2015. O documento previa que as usinas estavam inseridas em Mato Grosso do Sul, contudo em outras publicações foi retirada a sigla do estado e isso gerou uma briga jurídica.

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