Os incentivos concedidos para o grupo JBS ampliar a produção em Mato Grosso do Sul deve custar quase R$ 1 bilhão aos cofres do Estado ao longo de 12 anos. Ontem, em Dourados, durante coletiva à imprensa, o governador Reinaldo Azambuja estimou que a arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS), originada dos novos empreendimentos do grupo em quatro municípios sul-mato-grossenses, totaliza R$ 17 milhões por ano. Sem os benefícios fiscais, a receita tributária seria próxima de R$ 100 milhões. São cerca de R$ 83 milhões de renúncia fiscal anualmente, somando até 2028, quando se encerram os incentivos, R$ 996 milhões.
“A previsão de arrecadação na totalidade dos investimentos é de praticamente de R$ 17 milhões de ICMS por ano, que seria o complemento adicional dessas novas unidades que vão começar a operar os produtos industrializados”, afirmou Azambuja. Ele reconheceu que o montante é modesto. “Se considerarmos o tamanho do empreendimento, o retorno do ICMS é muito baixo”, disse.
No entanto, conforme defende o governador, é preciso considerar, nesta contabilidade, outras formas de retorno.
“O mais importante é o fortalecimento da atividade econômica”, defendeu. E argumentou: “Quando você gera emprego, quando consome mais milho, há mais pessoas trabalhando no campo, você está fortalecendo a cadeia produtiva como um todo. Assim, o ganho é muito maior que o valor [da renúncia] do ICMS”.