Auditoria do Governo do Estado, iniciada em julho do ano passado e concluída em dezembro, apurou que 8.021 mil famílias de Mato Grosso do Sul recebiam benefícios dos programas sociais Vale Renda e Bolsa Família de forma irregular. As famílias já foram excluídas dos cadastros e o Governo espera economizar R$ 17,4 milhões no ano que vem diante dos cortes.

O levantamento foi coordenado pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), chefiada pela vice-governadora Rose Modesto (PSDB).

Segundo Rose, depois de cruzamento de dados, técnicos da secretaria chegaram a visitar muitas famílias e em alguns casos algumas tinham até dois carros e recebiam os benefícios destinados a pessoas de baixa renda.
“Assim que era detectada a irregularidade o beneficio era cortado”, disse Rose. A vice-governadora afirma que as irregularidades podem ter ocorrido por divergência entre os dois programas ou pelo fato da renda das famílias terem aumentado e eles não comunicarem o Governo.

Sobre possível punição para as famílias, Rose se limitou a afirmar que o trabalho da secretaria era cortar o benefício.

Antes do corte, eram 60 mil famílias recebendo Vale Renda, programa estadual criado no ano passado, e o Bolsa Família, programa federal coordenado pelo Estado.

REGRAS

Para estar no programa do Vale Renda é preciso que a renda per capita da família não ultrapasse meio salário mínimo. O benefício é de R$ 170.

Também não pode estar cadastrada em outro programa social como o Bolsa Família (benefício do Governo Federal); situação encontrada na auditoria.