A greve dos petroleiros e a manifestação dos caminhoneiros que estão paralisando o transporte de cargas já está afetando os postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul. A falta de combustíveis nas bombas e aumento do preço são duas situações já esperadas por representantes de classe.
De acordo com o supervisor técnico do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro), Edson Lazaroto, em Campo Grande já há postos com escassez de combustíveis. “Quando se tem escassez a tendência é que ocorra aumento, mas não é confirmado que vai aumentar, depende de uma série de fatores”, disse.
Consumidores já relataram que observaram aumento na gasolina e no etanol nos postos da Capital. Sobre esse aumento, Lazaroto explicou que é reflexo do aumento da pauta do combustível, que serve de base de cálculo para cobrança de imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que começou a vigorar no dia 1º de novembro.
Conforme Lazaroto, os reajustes da pauta são repassados às bombas de forma gradativa, já que depende da concorrência e do revendedor, que pode optar se repassa o preço ou não, além de uma série de outros fatores.
Caso os combustíveis se esgotem nas bombas, os postos que sofrerem com esse problema devem ficar fechados. “Não tem o que fazer, é um problema que começa nas refinarias e as bases sofrem. Além disso, cada revendedor tem compromisso com sua bandeira e não tem como comprar de outra. Se a greve continuar, vai refletir para o consumidor”, explicou.
O supervisor técnico explicou ainda que a greve dos caminhoneiros também pode influenciar, tendo em vista que todo o transporte de combustíveis é feito por transporte rodoviário.