A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia de Mundo Novo, concluiu na última quinta-feira (14), as investigações relativas ao homicídio de Marcelo Antonelo da Silva, 25, executado com dois tiros à queima-roupa na noite de 26 de outubro em Mundo Novo.
Quatro pessoas foram indiciadas pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (pelo motivo torpe, emboscada e utilização de arma de fogo de uso restrito) e associação criminosa qualificada.
Se condenados, os autores podem pegar penas que superam 30 anos de reclusão. Um quinto suspeito foi indiciado pelo crime de favorecimento pessoal, por ter auxiliado a fuga dos executores do crime.
Foram cumpridos na última semana, três mandados de prisões preventivas contra os indiciados. Um dos indiciados, de nacionalidade paraguaia, ainda continua foragido.
Ao final das investigações, o delegado responsável pelo inquérito concluiu que Marcelo foi morto em razão de dívidas de tráfico de drogas. Ele estaria associado a um grupo criminoso e teria recebido um veículo carregado com maconha para transportá-lo para outro estado da federação. Após entregar a mercadoria no destino final, Marcelo teria recebido os valores provenientes da droga, mas não teria repassado aos comparsas.
Verificou-se ainda, que o grupo criminoso teria tentado matar a vítima no dia anterior. Os executores estiveram na casa dele, na tentativa de convencê-lo a acompanhá-los até o Paraguai, onde seria executado. Contudo Marcelo não aceitou.
No dia seguinte, os mesmos executores retornaram a casa de Marcelo e passaram a chamá-lo no portão. Marcelo somente foi até a frente da residência, após receber uma chamada telefônica dos autores.
No momento em que abriu o portão, ele foi alvejado por dois disparos de arma de fogo, calibre 9mm, que atingiram o pescoço e face. Os autores fugiram em seguida.
Marcelo chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Durante as investigações foram apreendidas a arma de fogo e duas motocicletas utilizadas no crime, além de diversos aparelhos telefônicos.
Após a conclusão do inquérito policial, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul deve oferecer denúncia contra os investigados, que ainda deverão ir a júri popular.
